terça-feira, 22 de março de 2011

Light Conquers Darkness. 1933
  Tempera on canvas. 64.5 x 74.5 cm. Allahabad Museum, India
 Source: Nicholas Roerich Museum 


SENTIR

O amor que brota em cada coração é como um botão que floresce na alma coletiva.
Percebo em cada sorriso que ali encontro , os mesmos dos meus filhos,  dos meus amigos, de um estranho que encontro passeando pelas ruas, em cada olhar a essência que pede para ser reconhecida.
Agradeço a perfeição divina, que bate em minha porta com aqueles abraços sinceros de puro amor.
SINTO que posso sentir, esperimento a vontade na ausência de pensamentos - um viver intenso que é mágico.
A experiência se configura como o mais alto nível desta convivência.
Amor brilha como pepita de luz naqueles olhinhos mils, confiantes e seguros. 
A curiosidade de aprender e viver intensamente cada momento é anos luz a frente da cátedra e da escrita.
O convívio humano e social para muitos tornou-se uma insanidade separada e fragmentada do outro.
SENTIR realmente o outro (em qualquer reino), sem pensamentos, julgamentos ou condicionamentos. Pureza no olhar. Leveza no coração.
Banhar-se na inocência das águas cristalinas da consciência presente em cada gesto. VIVER.
Desembaraçar-se das construções complicadas da mente que insiste em ficar individual, separada e diferenciada.
Sair de si mesmo, como personalidade separada e mergulhar dentro da sua própria alma, revelada em cada momento desta existência, experiência, sonho, realidade, fraternidade e comunhão.
A indiferença não tem mais lugar num planeta que mostra uma urgência de atenção e amor.
Não virar as costas para si mesmo. Amar-se e cuidar-se. Amando-se e cuidando-se. Amando e sendo cuidado.
Cuidar de uma plantinha,  uma criança,  um animal - sair de si mesmo -, ir para dentro de si mesmo consciente, presente, sem fugas ou artifícios criados pelo medo da separação. 
OLHAR.
Amor envolve o risco de VIVER e VER
o outro que está em você.
Cristina, 22 de março de 2011.

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