sábado, 19 de fevereiro de 2011




Impressões


Hoje sinto que nada podemos excluir sem que um dia tenhamos que incluir.
Unidade.

As emoções são maravilhosas pois fazem-se presentes no carinho e afetividade de um sorriso, um abraço, um olhar demorado sobre o que nos causa empatia.
Coração.

Afinidade não é traduzida em palavras.
Sentir.

Na roda da vida teremos de volta o que for melhor para aprendermos a sermos mais inteiros. 
Confiar.

Cada experiência é criada a partir da página branca do nascimento. 
Renascimento.

A família humana e espiritual cada vez mais ampla, nos dá a resposta para nosso aprendizado.
Cotidiano.

O planeta está á disposição para todos. A terra. Universo em universos.
Humildade.

Separação é a ilusão criada pelo medo de mergulhar nas águas profundas da gentileza e do amor.
Entrega.

Somos responsáveis pelo que cultivamos em nosso jardim interno. 
Silêncio.

A harmonia traduzida pela natureza está externamente nos ensinando com sua beleza e simplicidade.
Amor incondicional.


Cristina, 20 de fevereiro de 2011







sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Estrelas




Noutro dia olhando pro céu,
lembrei da minha infância, dos momentos lindos de criança,
dos olhares distantes que fitavam curiosos para aquele brilho intenso tão longe e ao mesmo intante parecia próximo. Na altura do meu nariz.
Mas quando colocava a mão para cima e não conseguia alcançar, tudo parecia ser desenhado e estático.
As vezes me pergunto por que estamos aqui olhando para cima e não conseguindo alcançar.
Me bate uma saudade imensa deste amor tão perfeito e sem fim que é o universo sem palavras.
No deslumbramento de viver para sempre, na curiosidade incessante do meu pequeno corpo, que insistia em escalar muros, goiabeira, para ver la de cima a distância do chão.
Tudo parecia gigante, distante e excitante.
Me equilibrar e cair rindo com minha irmã por cima do barro, vermelho e fofo, era o melhor e mais confortável tapete do mundo.
O mundo era tudo que eu vivia - a cada dia, feliz pelas novidades que o acordar prometia.
Não lembro com muita certeza quando tomei consciência que as estrelas estavam muito distantes, talvez na escola ou em algum conto.
Sei que  derrepente estalou dentro de mim a certeza que o mundo podia ser muito maior do que eu pudesse mesmo imaginar, floresceu meu primeiro contato com a amplitude, e  que nele havia mais gente que eu, minhas irmãs e meus pais.

Benditas estrelas!
Cristina, 11 de fevereiro de 2011.