Noutro dia olhando pro céu,Cristina, 11 de fevereiro de 2011.
lembrei da minha infância, dos momentos lindos de criança,
dos olhares distantes que fitavam curiosos para aquele brilho intenso tão longe e ao mesmo intante parecia próximo. Na altura do meu nariz.
Mas quando colocava a mão para cima e não conseguia alcançar, tudo parecia ser desenhado e estático.
As vezes me pergunto por que estamos aqui olhando para cima e não conseguindo alcançar.
Me bate uma saudade imensa deste amor tão perfeito e sem fim que é o universo sem palavras.
No deslumbramento de viver para sempre, na curiosidade incessante do meu pequeno corpo, que insistia em escalar muros, goiabeira, para ver la de cima a distância do chão.
Tudo parecia gigante, distante e excitante.
Me equilibrar e cair rindo com minha irmã por cima do barro, vermelho e fofo, era o melhor e mais confortável tapete do mundo.
O mundo era tudo que eu vivia - a cada dia, feliz pelas novidades que o acordar prometia.
Não lembro com muita certeza quando tomei consciência que as estrelas estavam muito distantes, talvez na escola ou em algum conto.
Sei que derrepente estalou dentro de mim a certeza que o mundo podia ser muito maior do que eu pudesse mesmo imaginar, floresceu meu primeiro contato com a amplitude, e que nele havia mais gente que eu, minhas irmãs e meus pais.
Benditas estrelas!
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Estrelas
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